Boa noite, pessoal, hoje eu vou falar aqui sobre um tema interessante que é sobre a antena de cabo coaxial.
Para vocês entenderem melhor, vocês podem baixar ela no final da página..
O detalhamento está em forma de planilha, assim vocês conseguem inserir as informações e calcular sua antena.
Esse projeto foi muito testado em UHF e a última experiência com ela em 220 MHz com rendimento espetacular muito acima de qualquer outra antena testada para a banda, inclusive comparada a uma Cushcraft de 8 dipolos.
Em UHF ela sempre teve um rendimento também sensacional, e não fica grande, costuma ficar com algo entre 2.2 e 2.4m.
Também foi testada em 1.2GHz e, quando comparado com uma antena profissional da Comet da época, uma GP21 que também segue o mesmo tipo de projeto, o rendimento da caseira foi tão bom quanto.
Tivemos um Repetidor em 1.2 GHz na A. Paulista e outro na serra do Japi, no início dos anos 90 e foi uma experiência muito bacana na época.
Alguns radioamadores das antigas, talvez devam se lembrar da saudosa 439.100 que ficava na Serra do Japi em Cabreúva e que teve uma história muito legal à época, ficava junto a 145.490 da associação de rádio amadores da Eletropaulo numa torre da Eletropaulo de 70 m e foi o primeiro repetidor em UHF interligando São Paulo ao interior paulista dentro da banda de 439 a 440MHz, um grande responsável pela performance foi essa antena.
Foram bem interessantes as experiências com essa antena, que na prática ela utiliza o cabo RG 213 comum, e destaco que não pode ser cabo tipo celular. A título de conhecimento, o que dita a velocidade de propagação do RF no cabo é o seu dielétrico, que é o plástico que separa o vivo da malha, e já tentamos fazer projetos usando cabo celular e cabo Celflex onde, mesmo recalculando a antena para a velocidade com dielétrico em espuma, nenhuma ressonou adequadamente.
De início usávamos o RG214 que era um cabo malha dupla banhado a prata, mas pela dificuldade em encontrar esse cabo já nos anos 90, resolvemos com o tempo substituir a malha do RG 213 por um tubo de latão de 3/8” com parede de 1 mm, só que ela fica um pouco pesada. A montagem com o RG 213 usando a malha dele nunca ficou 100%
Então o ideal para fabricar essa antena é você comprar um cabo RG 213 comum, não o celular como já comentado, comprar o RG213 normal que chamam de super flexível, depois substituir a malha dele por tubo de latão de 3/8” com parede de 1 mm.
Por incrível que pareça com parede de 0.8 mm, ao menos na época, não deu certo e nem insistimos mais com isso. A diferença talvez seja porque com a parede 1 mm o dielétrico entra.
Ultimamente temos feito testes substituindo o tubo de latão por tubo de alumínio de 3/8” e parede de 1mm também, soldando uma chapinha de cobre nas bordas para interligar vivo com tubo e tubo com, mas o que incomoda um pouco na montagem é justamente ter que fazer uma soldagem entre o cobre e o alumínio nas bordas dos tubos. A vantagem fica no peso e custos menor.
Ela tem algumas particularidades que aparentam relativamente simples para construir, mas muita gente apanhou na primeira montagem, até pessoas experientes no radioamadorismo porque ela não admite erros, não aceita solda fria nas conexões, bem como as soldas vivo no tubo tem que pegar bem na beirinha do tubo, se ficar um pouco afastado da borda já muda todo o comportamento da anteira.
Não testamos ainda em VHF, mas para VHF parece que tem que colocar um loop na primeira conexão malha com vivo, usar um harpin. Estamos com material pra testar em VHF e acredito que logo saberemos, se ela se comportar igual se portou em 220MHz, acho que será a melhor antena que eu já vi até hoje pra banda em Repetidores.
Esse texto foi enviado pelo Fábio PY2LY para ser compartilhado no Net BR, onde hoje infelizmente ele não pode participar se desculpando por isso, mas quem quiser conhecer pode baixar o material pelo site e tirar suas dívidas depois com ele, esperando que esse material sirva para vosso desenvolvimento no radioamadorismo.
Ele vem testando junto a amigos desde os anos 80 sendo o projeto dessa antena muito antigo, parece que anterior da década de 60, e que pela concepção natural derivada de elementos de ½ onda, nas bandas altas ela tem sido um espetáculo.
